A polícia iraniana criou um departamento especial para lutar contra "crimes cibernéticos", com o objetivo de restringir e apertar o controlo do acesso à Internet no país, anunciaram as autoridades iranianas.
O novo serviço foi apresentado pelo comandante-chefe da polícia iraniana, general Esmail Ahmadi Moqaddam, que divulgou que a primeira unidade do departamento já está a funcionar em Teerã.
O responsável acrescentou que o serviço estará a funcionar em todo o território até ao final do atual ano persa, que termina a 20 de março.
A "ciberpolícia" irá lutar contra todos os grupos dissidentes e anti-revolucionários que, segundo as autoridades iranianas, foram os responsáveis pela onda de contestação contra a reeleição do Presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, em 2009, explicou o mesmo responsável.
Moqaddam, citado pela imprensa estatal, referiu que estes grupos aproveitam as redes sociais para contactar com organizações estrangeiras, conspirar e preparar ações de espionagem.
"Através destas redes sociais, os antirrevolucionários e os dissidentes encontraram-se, contactaram com estrangeiros e desencadearam os distúrbios", acrescentou o comandante-chefe da polícia.
Durante os protestos, que foram reprimidos com violência pelas forças de segurança iranianas, morreram cerca de 30 pessoas, segundo as autoridades, e mais de 70, de acordo com a oposição.
Nesse período, o regime de Teerão bloqueou o acesso às redes sociais e às páginas on-line relacionadas com a oposição e reduziu a velocidade das ligações para impedir os "download" de documentos.
Diário Digital / Lusa
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