Por Daniel dos Santos . 24.01.11 - 09h25
Pesquisadores dos EUA mostram como abrir a porta, ligar ou até cortar o freio de veículos – sem tocar nele
Com os carros incorporando cada vez mais sistemas dignos de computadores em seus painéis e estrutura, não é de se espantar que algumas preocupações e tormentos do mundo da informática cheguem também às ruas e pistas. Sabia que já tem carro com sistema operacional? E também “dá pau” (como muitos computadores com Windows), fazendo até o veículo morrer e desligar o sistema elétrico…
Graças a essa nova “configuração”, os carros começam a chamar a atenção dos pesquisadores de segurança, preocupados com atuação de hackers, criminosos ou até mesmo terroristas. Especialistas da Universidade de Zurique, na Suíça, demonstraram esta semana como “hackear” com facilidade o sistema de abertura e mesmo de ignição sem chave (utilizado em vários modelos de carros mais modernos).
Foram utilizados dez carros de oito fabricantes diferentes, que utilizam um sistema que permite abrir a porta do carro apenas se aproximando do veículo com a chave no bolso (não é necessário inserir no veículo). O carro e a chave se comunicam por sinais de rádio, dispensando o contato direto.
Com o uso de um par de antenas circulares (que são vendidas em lojas), os pesquisadores conseguiram capturar os sinais emitidos pelo carro e que identificam a presença da chave na região, enganando o sistema e abrindo as portas. E foram além: conseguiram acionar o motor dos carros. É a “ligação direta 2.0”. Se os sistemas não forem alterados, os ladrões poderão fazer a festa…
E as possibilidades de invasão vão além. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, divulgaram um estudo preocupante no ano passado sobre a segurança da nova geração de automóveis, equipada com computadores de bordo.
Ao conectar um notebook à porta padrão de diagnóstico de um carro moderno foi possível fazer coisas como desligar o sistema de freios, parar o motor, danificar o sistema de som ou de áudio ou mesmo trancar os passageiros dentro do veículo, o que poderia se tornar uma arma poderosa para atentados.
Em suas demonstrações foi possível desligar o motor em movimento e impedir que o piloto freasse o carro. Para esse experimento, eles ligaram um notebook conectado à porta de conexão vulnerável dentro do carro e usaram um segundo laptop (com o uso de wireless) para controlar o carro remotamente.
O objetivo das pesquisas não foi assustar os motoristas, mas alertar os fabricantes de que há vulnerabilidades que precisam ser corrigidas. Afinal, cada vez mais teremos veículos integrados a redes, como a Internet. Incorporar tecnologia é algo importante, mas essa convergência precisa ser segura.
Extraído do site: http://colunistas.yahoo.net/posts/8021.html
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